Cardio-Oncologia

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    Análise da cardiotoxicidade em pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoiéticas: uma revisão de literatura
    (Instituto Nacional de Cardiologia, 2025) Almeida Filho, Alberto Cezar Santos
    Introdução: O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é uma modalidade de tratamento para doenças hematológicas malignas e não malignas. No entanto, a toxicidade cardiovascular relacionada a esse procedimento é uma preocupação crescente, dada sua associação com aumento da morbimortalidade. O reconhecimento da cardiotoxicidade, muitas vezes subdiagnosticada, é fundamental para reduzir seu impacto clínico, especialmente em uma população que frequentemente apresenta múltiplos fatores de risco cardiovasculares concomitantes. Objetivos: Revisar a literatura científica sobre a cardiotoxicidade em pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH), com foco na produção publicada nos últimos 10 (dez) anos. Método: Realizou-se uma revisão narrativa da literatura nas bases de dados PubMed, Scopus e SciELO, incluindo estudos publicados entre 2015 e 2025. Utilizaram-se descritores controlados DeCS/MeSH como Transplante de células-tronco hematopoéticas; Cardiotoxicidade; Insuficiência cardíaca; Quimioterapia; Cardio-oncologia. Foram selecionados 42 artigos que atendiam aos critérios de inclusão: estudos clínicos, revisões sistemáticas e diretrizes que abordavam a cardiotoxicidade relacionada TCTH. Resultados: Mecanismos propostos incluem estresse oxidativo, apoptose miocárdica, lesão endotelial e ativação imune associada à doença do enxerto contra o hospedeiro. Estudos destacaram incidência de eventos cardiovasculares em até 20% dos pacientes. Os achados apontam que a cardiotoxicidade no TCTH pode se manifestar de forma aguda ou tardia, com destaque para disfunção ventricular esquerda, arritmias, pericardite e doença vascular. Fatores como uso cumulativo de antraciclinas, radioterapia torácica, idade avançada, comorbidades cardiovasculares e tipo de regime de condicionamento influenciam diretamente o risco. A adoção de estratégias de avaliação pré-transplante com ecocardiograma, strain longitudinal global (SLG) e biomarcadores como troponina e BNP demonstrou benefício prognóstico e preditivo em diversas coortes. Conclusões: A cardiotoxicidade no contexto do TCTH é uma complicação relevante e subdiagnosticada, com impacto direto na sobrevida e qualidade de vida dos pacientes. A integração entre hematologia e cardio-oncologia é fundamental para o rastreamento precoce, estratificação de risco e intervenção oportuna. A literatura evidencia avanços no entendimento fisiopatológico e no desenvolvimento de ferramentas de monitoramento, porém, persistem lacunas quanto à padronização de protocolos preventivos. Palavras-chave: Transplante de células-tronco hematopoéticas; Cardiotoxicidade; Insuficiência cardíaca; Quimioterapia; Cardio-oncologia.
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    A importância do ambulatório de cardio-oncologia
    (Instituto Nacional de Cardiologia, 2025) Silva, Rodrigo Alves Barbosa da
    O progresso nos tratamentos contra o câncer tem contribuído de forma significativa para uma maior expectativa de vida dos portadores da doença, mas também tem revelado a aparição de complicações cardiovasculares, como a cardiotoxicidade. Nesse cenário, a cardio-oncologia surge como um campo crucial para o monitoramento integrado desses pacientes. Este estudo visa investigar a relevância da cardio-oncologia em serviços ambulatoriais, fundamentando-se em normas tanto nacionais quanto internacionais, e enfatizando os protocolos para a detecção, diagnóstico e prevenção de problemas cardiovasculares provocados por terapias antineoplásicas. A abordagem metodológica foi uma revisão narrativa da literatura que envolveu a análise de pesquisas clínicas, diretrizes e publicações científicas entre os anos de 2005 e 2024. Os achados indicam que a atuação precoce e organizada da cardio-oncologia em ambientes ambulatoriais facilita a detecção de sinais iniciais de disfunção no miocárdio, através de recursos como ecocardiogramas, biomarcadores cardíacos e eletrocardiogramas, o que possibilita a continuidade segura dos tratamentos oncológicos. Chegou-se à conclusão de que o monitoramento ambulatório em cardio-oncologia é crucial para minimizar a morbidade e mortalidade, evitar interrupções nos tratamentos e proporcionar um cuidado ao paciente oncológico que seja mais humanizado e eficaz.
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    Sobrevivendo ao câncer - seminoma testicular e seu tratamento devem ser tratados como fatores de risco cardiovascular? : estudo de caso e revisão narrativa da literatura
    (Instituto Nacional de Cardiologia, 2025) Ramalho, Sergio Henrique Rodolpho
    Introdução: Nas últimas décadas, avanços no diagnóstico e tratamento precoce do câncer melhoraram significativamente os desfechos clínicos, aumentando a expectativa de vida dos sobreviventes. Com isso, cresce também o risco de desenvolver outras doenças crônicas precocemente, como as cardiovasculares. Adicionalmente, tratamentos específicos como radio ou quimioterapia, ou novas drogas imunobiológicas, podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares tanto durante o tratamento quanto na fase de sobrevivência. Acredita-se que esse aumento da morbidade cardiovascular seja dose-dependente, causado tanto por lesões diretas no cardiomiócito ou endotélio, como por efeitos indiretos em fatores de risco, como aumento da prevalência de hipertensão, “dismetabolismo” ou sedentarismo. Especificamente para seminomas testiculares, essa correlação tem dois agravantes: a idade precoce de acometimento e o tratamento à base de platinas. É a neoplasia mais comum em homens entre 20 e 40 anos e seu tratamento quimioterápico é a base de platinas, combinado com bleomicina e etoposídeo, o que permite a cura da maioria dos pacientes. No entanto, esse tratamento está associado a um maior risco de doença coronariana e fenômenos tromboembólicos. Objetivos: Descrever um caso clinico de seminoma testicular, abordando as implicações cardiovasculares do tratamento e da própria doença. Realizar uma revisão narrativa da literatura sobre o risco cardiovascular envolvido com o seminoma testicular, tanto na fase de tratamento e doença aguda quanto em relação aos sobreviventes e o risco em longo prazo. Método: Trata-se de um estudo de caso, complementado por uma revisão narrativa da literatura. Os dados do caso clínico foram coletados a partir do prontuário do paciente e de meu acompanhamento, mediante autorização do paciente. A revisão da literatura foi realizada utilizando bases de dados eletrônicas (PubMed, Scielo), com foco em artigos que abordassem a relação entre seminoma testicular, seu tratamento e o risco cardiovascular, tanto na fase aguda quanto em longo prazo. Foram utilizados termos de busca como "seminoma testicular", "risco cardiovascular", "quimioterapia", "cisplatina", "cardiotoxicidade" e "sobreviventes de câncer". Resultados: O caso clínico relatado demonstra a ocorrência de eventos cardiovasculares tardios e graves em um paciente com seminoma testicular submetido a tratamento com quimioterapia à base de platina. A revisão da literatura reforça que a quimioterapia com platina e combinações está associada a disfunção endotelial, aterosclerose acelerada, hipertensão, dislipidemia e aumento do risco de infarto do miocárdio e eventos tromboembólicos. Tais eventos têm distribuição bimodal: são mais frequentes no primeiro ano após o tratamento e após 10 anos de remissão da doença. Sobreviventes de seminoma testicular apresentam um risco aumentado de mortalidade por doença cardiovascular em comparação com a população geral. Estudos com fármacos com menos efeitos adversos ainda são escassos. Conclusões: Pacientes com seminoma testicular, especialmente aqueles submetidos a quimioterapia com platinas, apresentam um risco aumentado de eventos cardiovasculares. Entretanto essa associação precisa ser estudada em tempos contemporâneos, com esquemas mais modernos e potencialmente menos tóxicos. É fundamental a vigilância cardiológica contínua desses pacientes, tanto durante o tratamento quanto no seguimento em longo prazo, com manejo agressivo dos fatores de risco cardiovasculares tradicionais e consideração de abordagens terapêuticas que minimizem as lesões cardiovasculares clínicas e subclínicas.
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    Reabilitação cardiológica em pacientes com complicações onco-cardiológica pós quimioterapia
    (Instituto Nacional de Cardiologia, 2025) Favato, Carlos Eduardo Vilhena
    Introdução: No Brasil são retratados cerca de 25% de pacientes com neoplasias. Eram estimados 59.120 casos de tumores malignos, em 2018. A preocupação primordial no uso de agentes quimioterápicos são as potencialidades em toxicidades das mais variadas no organismo, principalmente a cardiovascular, resultando em uma circunstância chamada de cardiotoxicidade Objetivo: Descrever em indivíduos cardio-oncológicos os efeitos da cardiotoxicidade induzida por quimioterapia e investigar a função da reabilitação cardíaca como estratégia terapêutica para a amenizar os impactos cardiovasculares decursivo do tratamento oncológico. Métodos: Considera-se uma pesquisa bibliográfica realizada através das bases de dados Scielo, Pubmed, BVS e LILACS. Foram selecionados 15 artigos e 01 dissertação, publicados no ano de 2015 a 2025 e excluídos 3678 artigos que não estão seguindo os critérios de inclusão e os materiais duplicados. Resultados e Discussões: Foram abordados por tópicos tais como: Estratégias de monitoramento e prevenção da cardiotoxicidade e outra modalidade indica o Papel da Reabilitação Cardiovascular. Considerações Finais: Com isso, a reabilitação cárdio-oncologica se faz como um instrumento terapêutico propicio e pouca explorada, visto que as atividades físicas auxiliam na qualidade de vida dos pacientes com cardiotoxicidade.
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    Acidente vascular cerebral em pacientes com câncer: uma revisão de literatura
    (Instituto Nacional de Cardiologia, 2025) Campos, Samara Bianca Rodrigues de
    Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade e mortalidade no mundo, e sua ocorrência em pacientes oncológicos representa um desafio clínico significativo. A presença do câncer aumenta o risco de AVC, enquanto o evento cerebrovascular impacta negativamente no prognóstico e na qualidade de vida dos pacientes. Nos últimos anos, evidências científicas têm destacando a importância de compreender essa inter-relação, uma vez que os mecanismos fisiopatológicos que ligam o câncer ao risco aumentado de AVC ainda não estão totalmente elucidados. Ademais, existem lacunas importantes sobre as melhores estratégias de prevenção e tratamento desses eventos, tornando essencial a realização de estudos adicionais. Objetivos: Realizar uma revisão de literatura sobre a associação entre câncer e AVC, analisando a influência da presença e da atividade tumoral no risco de ocorrência desse evento cerebrovascular. Método: Estudo do tipo revisão integrativa da literatura, com estratégia de busca online de artigos publicados nas bases de dados LILACS, PubMed, NLM e SciELO. Resultados: Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, a amostra final foi composta por 23 artigos, publicados entre os anos 1985 e 2017. Os estudos analisados indicam que pacientes com câncer têm um risco aumentado de AVC, tanto isquêmico quanto hemorrágico, o que agrava o prognóstico e reduz a sobrevida desses indivíduos. Os mecanismos subjacentes são diversos, incluindo hipercoagulabilidade, endocardite trombótica não bacteriana e trombose cerebrovascular. Além disso, terapias como quimioterapia e radioterapia também contribuem para o aumento do risco de eventos tromboembólicos. Certos tipos de câncer, como pulmão, pâncreas, colorretal e leucemias, apresentam maior associação com AVC, principalmente devido à sua agressividade e ao impacto nos processos de coagulação. O risco de AVC é mais elevado nos primeiros meses após o diagnóstico oncológico, tornando fundamental a atenção médica precoce. A identificação precoce do AVC relacionado ao câncer é essencial, sendo que biomarcadores, como o dímero-D e exames de imagem que evidenciem padrões sugestivos de embolia múltipla são ferramentas valiosas nesse contexto. Conclusão: A relação entre AVC e câncer é significativa, embora os mecanismos dessa associação ainda não estejam completamente esclarecidos. Contudo, ainda faltam protocolos clínicos padronizados para diagnóstico e tratamento. Dessa forma, estudos adicionais são necessários para desenvolver diretrizes eficazes, melhorar o manejo da condição e reduzir a morbidade e mortalidade desses pacientes.