Dissertações Mestrado CC

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    Associação entre dispneia e qualidade de vida em trabalhadores de um hospital quaternário que tiveram covid-19
    (Instituto Nacional de Cardiologia, 2024) Macedo Junior, Humberto Batista de
    Introdução: A pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19) trouxe um desafio de proporções históricas para os sistemas mundiais de saúde. O Instituto Nacional de Cardiologia (INC) proporcionou o diagnóstico molecular da infecção pelo Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) em funcionários com síndrome gripal. Objetivo: avaliar a evolução clínica e a qualidade de vida em saúde de funcionários do INC com diagnóstico molecular de COVID-19 após a recuperação da fase aguda da doença. Métodos: trata-se de um estudo transversal que incluiu funcionários do INC com diagnóstico molecular positivo para COVID-19. O participante era avaliado em relação a presença de sintomas cardiovasculares e variáveis clínicas, sendo em seguida aplicado o questionário de qualidade de vida em saúde (QVRS) EuroQol (EQ-5D-3L), com a escala visual analógica (EVA). Os dados foram estratificados em indivíduos com e sem queixas de dispneia no momento da avaliação. As associações entre a presença de dispneia com os domínios da QV foram avaliadas por meio de modelos lineares generalizados utilizando log link e distribuição gama para as variáveis de desfecho contínuas e modelos de regressão logística para as variáveis de desfecho binária. Resultados: foram considerados 109 profissionais com diagnóstico positivo para COVID-19, em sua maioria mulheres (67,9%) com mediana de idade de 44(IIQ 25-75% 38-52) anos. A mediana do número de dias entre o diagnóstico e a avaliação clínica foi de 400. Dispneia foi observada em 20,2% (n=22) dos participantes. Não houve diferença entre os grupos com e sem dispneia em relação ao sexo, etnia, categoria de trabalho, status vacinal ou comorbidade. O grupo com dispneia apresentou índice de massa corporal mais elevado(p=0,04). Na análise de regressão, a presença de dispneia esteve associada a menor pontuação na EVA, tanto nos modelos ajustado e não-ajustado. Em acréscimo, dispneia esteve associada com mais relatos de problemas nas atividades habituais do questionário EQ-5D-3L. Pode-se concluir que a presença de dispneia esteve relacionada à piora da QVRS. Estudos adicionais, com períodos de avaliação maiores e com a realização de exames complementares, poderão auxiliar a elucidar os efeitos a longo prazo da COVID-19.
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    Caracterização da dieta de pacientes pós infarto agudo do miocárdio frente a um guideline europeu e escore da deita mediterrânea: subestudo DICANUTS
    (Instituto Nacional de Cardiologia, 2024) Oliveira, Rodrigo Damasceno de
    Objetivo: Caracterizar e avaliar a dieta de pacientes que sofreram infarto agudo do miocárdio recente entre 60 e 180 dias utilizando um escore de dieta mediterrânea, analisando a pontuação de adesão ao escore e verificar adequações frente a diretriz da Sociedade Europeia de Cardiologia ESC 2021.Métodos:Trata-se de um estudo transversal realizado com amostra de participantes adultos brasileiros que sofreram infarto agudo do miocárdio recente (até 180 dias). A ingestão alimentar foi avaliada através de um questionário de frequência alimentar e aplicado o escore de dieta mediterrânea de 17 pontos. Através do software Nutriquanti foram calculados o valor calórico total, fibras, colesterol, macronutrientes e micronutrientes. O consumo de nutrientes foi comparado com as recomendações nutricionais da diretriz da Sociedade Europeia de Cardiologia ESC 2021 e foi analisada a adesão a dieta mediterrânea de acordo com a pontuação do escore utilizado. As análises foram realizadas realizada utilizando o Stata Data Analysis and Statistical Software (STATA) versão 13.1. Os valores foram considerados estatisticamente significativos quando o p-valor <0,05. Resultados: Após a aplicação do escore de dieta mediterrânea, foi identificada uma moderada adesão ao padrão alimentar mediterrâneo de acordo com a análise de pontos do escore. No que diz respeito aos grupos de alimentos da dieta mediterrânea, o grupo de vegetais, peixes e cereais obtiveram baixa adesão. Tratando-se de micronutrientes, o consumo de fibras, zinco, cálcio, vitaminas do complexo B e cobre foi abaixo do recomendado. A ingestão de carboidratos se manteve dentro das recomendações, com ingestão acima do recomendado de proteínas, no entanto, baixo consumo de carne vermelha. A ingestão de gorduras totais foi adequada, no entanto, houve um consumo acima das recomendações de ácidos graxos saturados. A adequação as recomendações da diretriz ESC 2021 foram parecidas com as pontuações pelos grupos de alimentos do escore da dieta mediterrânea. O consumo de fibras foi baixo. Foram encontrados fatores associados a pontuações do escore e do ESC 2021.Ter idade >=60 anos [Odds Ratio -OR (IC 95%) = 1,63 (1,18-2,24)], nunca ter fumado [OR (IC 95%) = 2,58 (1,41 - 4,72) ou ser ex fumante [OR (IC 95%) = 2,17 (1,21 - 3,88), foram fatores que permaneceram diretamente associados no modelo múltiplo ao aumento do escore da ingestão de frutas. Sobre a pontuação do escore do grupo de vegetais, Ser do sexo feminino [OR (IC 95%) = 1,68 (1,12 - 2,52) e com maior escolaridade [OR (IC 95%) =1,94 (1,33 - 2,82) foram fatores diretamente associados ao aumento do escore da ingestão de vegetais. O consumo de peixes teve maior razão de chance quando os participantes tinham cor da pele não branca [OR (IC 95%) = 1,82 (1,23 - 2,70); nunca fumaram [OR (IC 95%) = 2,71 (1,19 - 6,13) ou eram ex fumantes [OR (IC 95%) = 3,31 (1,54-7,57). A pontuação do grupo de álcool foi maior nos participantes que tinham idade igual ou acima de 60 anos [OR (IC 95%) = 2,01 (1,20 - 3,36); do sexo feminino [OR (IC 95%) = 2,54 (1,31 - 5,13) e nunca fumaram [OR (IC 95%) = 2,82 (1,28 - 6,21). Sobre os lácteos, aqueles que possuíam idade igual ou acima de 60 anos tiveram mais chances de pontuação no escore [OR (IC 95%) = 0,62 (0,44 - 0,98). Sobre os cereais, ter idade maior ou igual a 60 anos foi inversamente associada a maior pontuação do escore de cereais [OR (IC 95%) = 0,22 (0,08-0,60). No grupo das leguminosas, nenhuma variável foi associada a uma maior pontuação. Conclusão: A dieta de indivíduos que sofreram IAM recente no Brasil tem característica mediterrânea moderada, com baixa ingestão de grupos de alimentos e micronutrientes que fazem parte da proteção cardiovascular como fibras, cereais, peixes, vegetais, cálcio, vitaminas do complexo B, cobre, selênio e zinco. Estes indivíduos ainda não se enquadram nas recomendações de diretrizes para a prevenção cardiovascular, necessitando de mais estudos e orientações nesta população no Brasil. Palavras chave: Dieta mediterrânea; Infarto agudo do miocárdio; Escore da dieta mediterrânea; Brasil
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    Prevalência de insegurança alimentar e sua associação com desfechos de saúde e qualidade de vida em pacientes com doença de Chagas crônica
    (Instituto Nacional de Cardiologia, 2023) Costa, Celson Júnio do Nascimento
    Introdução: A doença de Chagas (DC) é uma doença negligenciada que afeta 6 a 7 milhões de pessoas em todo o mundo. Indivíduos com DC geralmente possuem baixos níveis socioeconômicos e, portanto, são mais propensos à insegurança alimentar (IA). Objetivo: Avaliar a frequência de IA em pacientes com DC crônica e sua associação com medidas antropométricas, comorbidades, perfil lipídico, glicose e qualidade de vida (QV). Métodos: Este é um estudo transversal que incluiu pacientes adultos com DC crônica. A IA foi avaliada de acordo com a Escala Brasileira de IA (EBIA 2003). As medidas antropométricas incluíram peso, altura e circunferência da cintura. As comorbidades incluíram hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia e obesidade. O perfil lipídico e a glicose plasmática foram avaliados em jejum de 12 horas. A QV foi avaliada usando o questionário WHOQOL-Bref. As estatísticas descritivas foram realizadas para variáveis categóricas. Foram utilizados modelos de regressão linear e logística ajustados para idade, sexo, escolaridade, raça e forma cardíaca/digestiva para avaliar a associação entre o status de IA e medidas antropométricas, comorbidades e biomarcadores. Modelo de regressão linear ajustado para idade, sexo, raça, escolaridade, comorbidades e forma cardíaca/digestiva de DC foi usado para avaliar a associação entre o status de IA e a QV. Resultados: Dos 359 participantes incluídos (55,9% mulheres, mediana de idade 62 anos), 22,7% apresentavam IA leve e 8% apresentavam IA moderada/grave. Nos modelos ajustados, a IA leve foi significativamente associada à obesidade (OR=1,83; IC 95%=1,03 a 3,25). Foram observadas associações significativas entre IA e todos os domínios da QV, incluindo saúde física (IA leve: β= -8,37; IC 95% -12,32 a -4,43; IA moderada/grave: β= -7,99; IC 95% -14,09 a -1,89), domínio psicológico (IA leve: β= -5,42; IC 95% -8,99 a -1,85; IA moderada/grave: β= -7,09; IC 95% -12,62 a -1,57), domínio de relacionamentos sociais (IA leve: β= -6,64; IC 95% -10,40 a -2,88), domínio do ambiente (IA leve: β= -8,85; IC 95% -12,04 a -5,65; IA moderada/grave: β= -13,66; IC 95% -18,61 a -8,71) e domínio geral (IA leve: β= -8,07; IC 95% -12,12 a -4,01; IA moderada/grave: β= -16,73; IC 95% -23,00 a -10,46). Esses achados sugerem que a IA está consistentemente associada a uma pior QV em pacientes com DC crônica e destacam a necessidade de intervenções para abordar esse problema nos serviços de saúde. Palavras-chave: Doença de Chagas, Insegurança Alimentar, Medidas Antropométricas, Qualidade de Vida, Prevalência.
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    Correlação entre medidas fisiológicas de isquemia no laboratório de hemodinâmica: índices de repouso e índices hiperêmicos em lesões intermediárias de artérias coronárias principais
    (Instituto Nacional de Cardiologia, 2023) Ribeiro, Marcelo Lemos
    Introdução: A doença coronariana é a maior causa de morbidade e mortalidade no mundo. A fisiologia coronariana invasiva tem se mostrado cientificamente segura no diagnóstico de lesões ateroscleróticas que provocam isquemia considerável, tanto no paciente com doença estável, quanto no paciente a ser estratificado após um episódio de síndrome coronariana aguda (SCA). Entretanto, a verdadeira acurácia diagnóstica dos recém popularizados índices de repouso, versus o tradicional índice hiperêmico Reserva de Fluxo Fracionado (FFR) tem sido uma questão controversa. Objetivo: Interrogar fisiologicamente lesões ateroscleróticas coronarianas, utilizando dois métodos de avaliação invasiva obtidos em repouso, um deles a relação pressão média distal / pressão média proximal no ciclo cardíaco inteiro (Pd/Pa), e um índice diastólico, Instantaneous Wave-Free Ratio (IFR) ou Diastolic Hyperemia-Free Ratio (DFR); e dois métodos hiperêmicos, seja Reserva de Fluxo Fracionado por contraste (c-FFR ), e o método referência ou padrão ouro Reserva de Fluxo Fracionado (FFR). Métodos: Estudo transversal, que selecionou prospectivamente pacientes no Laboratório de Hemodinâmica do Instituto Nacional de Cardiologia, no período de maio de 2020 a maio de 2022. Foram admitidos pacientes com angina estável e lesão coronariana intermediária (40-80% de obstrução na angiografia), e pacientes com síndrome coronariana aguda estabilizada e lesão adicional em outra artéria não relacionada ao evento agudo, e finalmente pacientes com doença multi-vascular cuja presença ou origem da isquemia fosse incerta. Resultados: Incluídos 119 pacientes e realizadas 152 avaliações fisiológicas comparativas, sendo 67% homens. A média de idade foi 62,9 anos. Avaliação após (SCA) ocorreu em 36,8%, e avaliação por angina estável/isquemia silenciosa em 63,2%. O FFR teve resultado positivo (≤ 0.80) em 92/152 lesões (60 %). A área sob a curva ROC mostrou uma maior correlação do c-FFR com o FFR (0,95), seguida do IFR/DFR (0,86) e do Pd/Pa (0,85). Discordância entre o IFR ou DFR e o método referência (FFR) ocorreu em 23,8% dos casos (36/152). Na nossa amostra, a discordância foi FFR + (hiperemia)/ IFR/DFR – (repouso) em 83 % dos casos. Os principais fatores associados a essa discordância foram lesões ostiais ou proximais, e a presença de restenose intrastent. Conclusão: A sensibilidade do FFR com adenosina foi superior à dos métodos em repouso, na detecção de lesões funcionalmente significativas. Contraste-FFR foi o método livre de adenosina que mais se aproximou aos resultados do FFR. A utilização dos métodos de repouso deve ser complementar, e não substituta à hiperemia com adenosina ou medicação equivalente, na avaliação fisiológica invasiva das lesões coronarianas epicárdicas. Palavras-chave: Aterosclerose coronariana. Isquemia miocárdica. Avaliação fisiológica invasiva.
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    Identificação de preditores para prescrição da ventilação não-invasiva no pós-operatório de cirurgia cardíaca em adultos
    (Instituto Nacional de Cardiologia, 2023) Lima, Jéssica Gonçalves de
    Introdução: Indivíduos submetidos à cirurgia cardíaca podem apresentar – em decorrência da esternotomia mediana, manipulação cirúrgica, anestesia geral e da circulação extracorpórea (CEC) – algumas complicações pulmonares no decorrer do período pós-operatório (PO). Nesse contexto, a ventilação não-invasiva com pressão positiva (VNIPP) objetiva a manutenção da expansão alveolar a fim de otimizar as trocas gasosas, reduzir atelectasias, reduzir o trabalho respiratório, melhorar a hemodinâmica e reduzir a hipoxemia. Contudo, o uso indiscriminado da VNI de forma profilática rotineiramente em pacientes no PO de cirurgia cardíaca dependeria do aumento de recursos humanos e financeiros. Portanto, definir os critérios para prescrição da VNI nos pacientes em PO de cirurgia cardíaca poderá permitir melhor utilização dos recursos (humanos ou materiais) e ainda a possível redução do tempo de internação hospitalar sendo vantajoso economicamente para o Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Revisar, baseado em evidências, o protocolo de aplicação de VNI no pós-operatório de cirurgia cardíaca em adultos. Métodos: Estudo transversal retrospectivo composto por 691 sujeitos que estiveram internados na Unidade de Terapia Cardiointensiva Cirúrgica (UTCIC) após cirurgia cardíaca no Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Rio de Janeiro, no período de outubro de 2018 a março de 2020. Do total de pacientes elegíveis (n=691), após a aplicação dos critérios de exclusão, foram analisados 667 prontuários. Os dados foram obtidos por meio do banco de dados do Serviço de Fisioterapia do INC, armazenado na plataforma REDCap (Research Electronic Data Capture) e complementado com base na revisão dos registros em prontuário físico e nos sistemas de armazenamento e gestão de dados hospitalares MV2000 e PAGU. Todas as análises foram realizadas utilizando-se o software de estatística e ciência de dados, STATA 16 (Stata Corp USA). Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (59,6%) e apresentaram uma mediana de idade de 58 anos. A mediana do IMC (kg.m-2) foi de 25,8 [23,2 – 29,1], FEVE (%) 60,0 [48 – 68] e risco pré-operatório (%) 2,1 [1,1 – 4,6]. A maioria dos sujeitos eram da cor branca (52,8%) e o tipo de cirurgia mais realizada foi a Revascularização do miocárdio (CRVM) (42,0%) seguida pelas cirurgias valvares (37,9%). No modelo multivariado do pós-operatório (Pré-EOT) as variáveis que estiveram associadas à indicação da VNI curativa foram CEC, relação PaO2/FiO2 (pré-EOT), idade e classe funcional (NYHA 3 e 4). A P/F pré-EOT mais baixa esteve associada à VNI enquanto a classe funcional avaliada pela NYHA mostrou-se importante na associação com a necessidade da VNI. O modelo final de análise multivariada, ajustado por idade e sexo e com as variáveis do pré, intra e pós-operatório apresentou somente as variáveis idade e NYHA 4 associadas à necessidade de VNI. Conclusão: Pacientes com idade e um status funcional avançados apresentam maior associação com a necessidade de VNI no pós-operatório de cirurgia cardíaca com esternotomia mediana. Palavras-chave: Cirurgia torácica. Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares. Ventilação não invasiva. Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas