Cardio-Oncologia
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Cardio-Oncologia por Assunto "cardiotoxicidade"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemReabilitação cardiológica em pacientes com complicações onco-cardiológica pós quimioterapia(Instituto Nacional de Cardiologia, 2025) Favato, Carlos Eduardo VilhenaIntrodução: No Brasil são retratados cerca de 25% de pacientes com neoplasias. Eram estimados 59.120 casos de tumores malignos, em 2018. A preocupação primordial no uso de agentes quimioterápicos são as potencialidades em toxicidades das mais variadas no organismo, principalmente a cardiovascular, resultando em uma circunstância chamada de cardiotoxicidade Objetivo: Descrever em indivíduos cardio-oncológicos os efeitos da cardiotoxicidade induzida por quimioterapia e investigar a função da reabilitação cardíaca como estratégia terapêutica para a amenizar os impactos cardiovasculares decursivo do tratamento oncológico. Métodos: Considera-se uma pesquisa bibliográfica realizada através das bases de dados Scielo, Pubmed, BVS e LILACS. Foram selecionados 15 artigos e 01 dissertação, publicados no ano de 2015 a 2025 e excluídos 3678 artigos que não estão seguindo os critérios de inclusão e os materiais duplicados. Resultados e Discussões: Foram abordados por tópicos tais como: Estratégias de monitoramento e prevenção da cardiotoxicidade e outra modalidade indica o Papel da Reabilitação Cardiovascular. Considerações Finais: Com isso, a reabilitação cárdio-oncologica se faz como um instrumento terapêutico propicio e pouca explorada, visto que as atividades físicas auxiliam na qualidade de vida dos pacientes com cardiotoxicidade.
- ItemRelação da resposta celular para detecção precoce de cardiotoxicidade em pacientes com câncer de mama(Instituto Nacional de Cardiologia, 2025) Belinaso, LilianIntrodução: O câncer de mama é o câncer mais comum que afeta as mulheres no mundo. As antraciclinas são quimioterápicos comumente utilizados no tratamento destas pacientes. Seu uso clínico é limitado pela cardiotoxicidade que pode levar à insuficiência cardíaca. Doenças cardiovasculares e câncer estão relacionados com inflamação persistente. Parâmetros hematológicos periféricos podem ser biomarcadores importantes na detecção precoce da cardiotoxicidade em mulheres com estado inflamatório sistêmico. Objetivo: Correlacionar a resposta celular com detecção precoce de cardiotoxicidade em pacientes com câncer de mama. Avaliar a relação de neutrófilos, linfócitos e plaquetas no sangue com a cardiotoxicidade em mulheres com câncer de mama. Analisar o perfil clínico de pacientes com câncer de mama. Relacionar a dose de Antraciclina capaz de gerar cardiotoxicidade. Correlacionar cardiotoxicidade com resposta ao tratamento. Métodos: Análise retrospectiva, observacional e descritiva de prontuários e banco de dados do Setor de Oncologia de um Hospital Terciário da Região Metropolitana de Curitiba/PR. Pacientes com diagnóstico de câncer de mama que foram submetidas à tratamento com quimioterapia neoadjuvante com Antraciclina, seguida de cirurgia, quimioterapia adjuvante e radioterapia. Resultados parciais: Foram avaliadas 35 mulheres, com média de idade de 53,58 anos.Podemos observar que a grande maioria das pacientes possuía pelo menos um fator de risco, sendo 40% delas hipertensas e 80% delas estão acima do peso ideal. As pacientes foram divididas em 3 grupos: Pacientes que responderam ao tratamento com doxorrubicina, sem cardiotoxicidade, n= 19 (54,3%). Pacientes que responderam ao tratamento com doxorrubicina, com cardiotoxicidade, n= 9 (25,7%) e pacientes que não responderam ao tratamento e não apresentaram cardiotoxicidade, n= 7 (20%). Conclusão: Apesar do estudo estar em andamento, a maioria dos pacientes (76%) receberam doses de doxorrubicina acima de 400 mg/m², e 25,7% apresentaram cardiotoxicidade. Será analisado se a contagens de células sanguíneas e as proporções entre elas poderiam ser usadas como biomarcadores preditivos de cardiotoxicidade em pacientes que serão submetidas ao tratamento de câncer de mama com antraciclinas.
- ItemSobrevivendo ao câncer - seminoma testicular e seu tratamento devem ser tratados como fatores de risco cardiovascular? : estudo de caso e revisão narrativa da literatura(Instituto Nacional de Cardiologia, 2025) Ramalho, Sergio Henrique RodolphoIntrodução: Nas últimas décadas, avanços no diagnóstico e tratamento precoce do câncer melhoraram significativamente os desfechos clínicos, aumentando a expectativa de vida dos sobreviventes. Com isso, cresce também o risco de desenvolver outras doenças crônicas precocemente, como as cardiovasculares. Adicionalmente, tratamentos específicos como radio ou quimioterapia, ou novas drogas imunobiológicas, podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares tanto durante o tratamento quanto na fase de sobrevivência. Acredita-se que esse aumento da morbidade cardiovascular seja dose-dependente, causado tanto por lesões diretas no cardiomiócito ou endotélio, como por efeitos indiretos em fatores de risco, como aumento da prevalência de hipertensão, “dismetabolismo” ou sedentarismo. Especificamente para seminomas testiculares, essa correlação tem dois agravantes: a idade precoce de acometimento e o tratamento à base de platinas. É a neoplasia mais comum em homens entre 20 e 40 anos e seu tratamento quimioterápico é a base de platinas, combinado com bleomicina e etoposídeo, o que permite a cura da maioria dos pacientes. No entanto, esse tratamento está associado a um maior risco de doença coronariana e fenômenos tromboembólicos. Objetivos: Descrever um caso clinico de seminoma testicular, abordando as implicações cardiovasculares do tratamento e da própria doença. Realizar uma revisão narrativa da literatura sobre o risco cardiovascular envolvido com o seminoma testicular, tanto na fase de tratamento e doença aguda quanto em relação aos sobreviventes e o risco em longo prazo. Método: Trata-se de um estudo de caso, complementado por uma revisão narrativa da literatura. Os dados do caso clínico foram coletados a partir do prontuário do paciente e de meu acompanhamento, mediante autorização do paciente. A revisão da literatura foi realizada utilizando bases de dados eletrônicas (PubMed, Scielo), com foco em artigos que abordassem a relação entre seminoma testicular, seu tratamento e o risco cardiovascular, tanto na fase aguda quanto em longo prazo. Foram utilizados termos de busca como "seminoma testicular", "risco cardiovascular", "quimioterapia", "cisplatina", "cardiotoxicidade" e "sobreviventes de câncer". Resultados: O caso clínico relatado demonstra a ocorrência de eventos cardiovasculares tardios e graves em um paciente com seminoma testicular submetido a tratamento com quimioterapia à base de platina. A revisão da literatura reforça que a quimioterapia com platina e combinações está associada a disfunção endotelial, aterosclerose acelerada, hipertensão, dislipidemia e aumento do risco de infarto do miocárdio e eventos tromboembólicos. Tais eventos têm distribuição bimodal: são mais frequentes no primeiro ano após o tratamento e após 10 anos de remissão da doença. Sobreviventes de seminoma testicular apresentam um risco aumentado de mortalidade por doença cardiovascular em comparação com a população geral. Estudos com fármacos com menos efeitos adversos ainda são escassos. Conclusões: Pacientes com seminoma testicular, especialmente aqueles submetidos a quimioterapia com platinas, apresentam um risco aumentado de eventos cardiovasculares. Entretanto essa associação precisa ser estudada em tempos contemporâneos, com esquemas mais modernos e potencialmente menos tóxicos. É fundamental a vigilância cardiológica contínua desses pacientes, tanto durante o tratamento quanto no seguimento em longo prazo, com manejo agressivo dos fatores de risco cardiovasculares tradicionais e consideração de abordagens terapêuticas que minimizem as lesões cardiovasculares clínicas e subclínicas.