Dissertações Mestrado CC
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Dissertações Mestrado CC por Autor "Brito, José Oscar Reis"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemEndocardite infecciosa precoce em próteses valvares: experiência do Instituto Nacional de Cardiologia, 2006 – 2014(Instituto Nacional de Cardiologia, 2016) Brito, José Oscar ReisIntrodução: Infecção em prótese é uma complicação possível da cirurgia de troca valvar e é uma das formas mais graves de endocardite infecciosa (EI), associada a alta taxa de morbimortalidade. Métodos: Estudo prospectivo observacional, tipo série de casos, com um componente retrospectivo por revisão de prontuários, entre 2006-2014, de pacientes adultos com EI precoce de prótese valvar (EIPPV) operados no Instituto Nacional de Cardiologia. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico, clínico e laboratorial dos pacientes com EIPPV, estimar a incidência de EIPPV e avaliar as condições de risco associadas a sua aquisição. Resultados: Ocorreram 22 casos no período, correspondendo a 9,9% dos 223 casos de EI. A incidência de EIPPV em relação ao número de cirurgias de trocas valvares no período foi de 22/ 2394 (0,9%). Eram do sexo masculino 10 (45,5%) e do feminino 12 (54,5%) pacientes. A média de idade foi de 46,9± 17,5 anos. EIPPV de menos de 2 meses ocorreu em 16/22 (72,7%). A apresentação foi aguda em 20 pacientes (90,9%). Valvopatia reumática ocorreu em 12 pacientes (54,5%) e 9 (40,1%) tinham prótese antes da 1a cirurgia. A comorbidade mais frequente foi insuficiência cardíaca congestiva em 11/22 (50%) e diabetes mellitus em 4/22 (18,2%). Enterococcus faecalis acometeu 5 (22,7%) e Staphylococcus epidermidis 3 (13,6%). No total de 26 próteses acometidas, 16 (61,5%) eram biológicas e 10 (38,5%), mecânicas. A posição mitral ocorreu em 16 (61,5%), a aórtica em 11 (42,3%) e mitral e aórtica em 4 (15,4%). Ecocardiograma transesofágico foi realizado em 21 dos 22 episódios (95,5%), mostrando vegetação (32%) e nova regurgitação valvar (29%) como achados mais frequentes. Embolizações à distância ocorreram em 9/22 pacientes (40,1%). Em relação ao tratamento realizado nos 22 pacientes com EIPPV, 10 (45,5%) foram submetidos à retroca valvar e os outros 12 (55,5%), ao tratamento clínico. Dos que foram re-operados, 6/10 (60%) faleceram e, dos que foram tratados de forma conservadora, não houve óbito. Conclusões: EIPPV afetou pacientes jovens, com predisposição reumática. A incidência anual foi semelhante à da literatura. A maior parte dos casos ocorreu em tempo inferior a 2 meses, de modo agudo. Nenhum caso teve S.aureus como etiologia, o que difere da literatura. A abordagem cirúrgica deve ser individualizada.