Mestrado Profissional em Ciências Cardiovasculares
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Navegando Mestrado Profissional em Ciências Cardiovasculares por Assunto "Adolescente Health"
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- ItemTranstorno mental comum, trabalho e alteração na pressão arterial de adolescentes do estudo ERICA: no município do Rio de Janeiro(Instituto Nacional de Cardiologia, 2016) Santos, Daniele Baptista dosIntrodução: Sabe-se que a adolescência é o momento do desenvolvimento humano marcado por contínuas e profundas transformações no nível psíquico, físico e social. Neste momento, muitos adolescentes entram no mercado de trabalho podendo sofrer consequências negativas oriunda do processo de trabalhar. O termo transtorno mental comum é utilizado para designar sintomas que demonstram uma quebra do funcionamento normal do indivíduo, mas não configuram categoria nosológica. A alteração da pressão arterial sistêmica em adolescentes está comumente associada a excesso de peso, ao nível reduzido de atividade física, ao erro alimentar e ao estresse. Apesar de existir um grande número de publicações que abordam o tema transtorno mental comum, poucos são os estudos que buscam uma associação deste com a elevação da pressão arterial ou o trabalho em adolescentes. Objetivos: Verificar a associação entre transtorno mental comum e pressão arterial elevada em adolescentes e verificar a associação entre transtorno mental comum e trabalho na adolescência. Método: Estudo observacional transversal, em população de adolescentes estudantes, com idade entre 12 e 17 anos, do município do Rio de Janeiro. O período da coleta de dados foi compreendido entre Março de 2013 até Abril de 2014, esta foi feita através de questionário autoaplicável com perguntas relacionadas ao trabalho; o transtorno mental comum foi verificado utilizando o General Health Questionnaire com 12 itens e a aferição da pressão arterial seguiu as recomendações internacionais para adolescentes. A análise dos dados foi feita utilizando o programa Stata Statiscal Software. Resultados: A amostra estudada totalizou 3.424 adolescentes sendo a media da idade de 14,2 anos. A prevalência de TMC entre os adolescentes foi de 28,72% e de pressão arterial elevada 7,32%. O índice dos que afirmaram ter trabalhado de forma remunerada ou não remunerada no ultimo ano foi 80,37%. A pressão arterial elevada não teve associação estatisticamente significante com o transtorno mental comum, porém o trabalho e a doença ou acidente relacionado ao trabalho apresentaram-se estatisticamente significante. Após análise multivariada envolvendo as variáveis relacionadas ao trabalho e as que caracterizam a amostra que apresentaram associação com transtorno mental comum, observou-se que somente o sexo feminino e o trabalho (remunerado e não remunerado) permaneceram associados OR = 2,72; IC95% (2,10 – 3,52) e OR = 1,70; IC95% 9 (1,32 – 2.18) respectivamente. Conclusão: Na amostra estudada o transtorno mental comum mostrou associação somente com sexo feminino e trabalho remunerado ou não remunerado, e não esteve associado à elevação da pressão arterial. Salienta-se então, a importância de novos estudos que possam contribuir com dados relativos ao transtorno mental comum e a atividade laboral em adolescentes. Palavras chave: Saúde mental; trabalho de menores; saúde do adolescente; pressão arterial.