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Navegando Produção Discente por Assunto "análise de impacto orçamentário de avanços terapêuticos"
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- ItemImpacto orçamentário da incorporação da cirurgia robótica para o procedimento de histerectomia sob a perspectiva do SUS(Instituto Nacional de Cardiologia, 2025) Lourenço Filho, Ticiano deIntrodução: A histerectomia é uma cirurgia comum no Brasil, recomendada principalmente para tratar problemas ginecológicos, tanto benignos quanto malignos, como miomas, endometriose, adenomiose e diferentes tipos de câncer ginecológico. No Sistema Único de Saúde (SUS), ela é a segunda cirurgia mais realizada entre mulheres em idade reprodutiva, ficando atrás apenas das cesarianas. Entre 2019 e 2023, foram feitas 502.226 histerectomias no SUS, com um custo total de aproximadamente 640 milhões de reais. Nos últimos anos, a cirurgia robótica tem sido considerada uma alternativa às técnicas tradicionais, por ser minimamente invasiva e utilizar sistemas robóticos avançados. Esses sistemas podem permitir movimentos mais precisos ao cirurgião, além de oferecerem uma visão tridimensional detalhada do campo cirúrgico. As vantagens potenciais incluem cortes menores, menos dor no pós-operatório e uma recuperação mais rápida. Apesar disso, os estudos científicos mostram que não há diferenças estatísticas significativa em termos de eficácia ou segurança entre a histerectomia robótica e a histerectomia videolaparoscopia, que já é usada no SUS. Embora a cirurgia robótica prometa benefícios, o alto custo de aquisição e manutenção dos equipamentos, somado à necessidade de treinamento específico, ainda são grandes obstáculos para sua implementação em larga escala na rede pública. Objetivos: O objetivo deste estudo foi fazer uma Análise de Impacto Orçamentário (AIO) sobre a incorporação da histerectomia robótica no SUS. A análise comparou os custos da tecnologia robótica com os da laparoscopia convencional, considerando diferentes cenários de adoção gradual entre 2026 e 2030. Resultados: Os resultados demonstram que, considerando um cenário com adoção moderada de crescimento de 5% ao ano, o impacto orçamentário incremental estimado para o período de 2026 a 2030 seria de aproximadamente 32,5 milhões. Conclusões: Conclui-se que, apesar de representar um avanço tecnológico significativo, a incorporação da cirurgia robótica no SUS deve ser feita com cautela, sendo recomendados estudos adicionais com dados nacionais e experiências-piloto em centros de referência para avaliar continuamente seus impactos clínicos, econômicos e organizacionais.