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Navegando Produção Discente por Autor "Braga, Andressa Araújo"
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- ItemCusto-utilidade do teste genético comparado ao rastreio clínico nos familiares do probando com cardiomiopatia hipertrófica na perspectiva do Sistema Único de Saúde(Instituto Nacional de Cardiologia, 2024) Braga, Andressa AraújoIntrodução: A cardiomiopatia hipertrófica (CMPH) é uma doença genética do músculo cardíaco com prevalência estimada em 0,2% na população geral e com padrão de herança autossômica dominante. Esta doença com apresentação heterogênea é a causa mais frequente de morte súbita em jovens. Diretrizes internacionais recomendam o rastreio periódico dos familiares de pacientes com CMPH para diagnóstico precoce da doença e estratificação do risco de morte súbita. O teste genético pode desempenhar um papel fundamental nesse processo, identificando os familiares com mutação, que necessitam de rastreio clínico periódico, e os familiares sem mutação, que podem receber alta do rastreio. No entanto, no Brasil, a avaliação genética não está incorporada ao Sistema Único de Saúde. Objetivo: Este estudo visa estimar a custo-utilidade do teste genético associado ao rastreio clínico periódico, em comparação ao rastreio clínico padrão, em familiares de pacientes com CMPH. Além disso, objetiva identificar e valorar os recursos para os testes genéticos de primeira e segunda geração, e comparar os recursos de saúde utilizados em cada estratégia. Método: Foi desenvolvido um modelo de árvore de decisão acoplado a um modelo de Markov para analisar uma coorte hipotética de familiares de pacientes com CMPH, iniciando o seguimento aos 8 anos de idade, com acompanhamento ao longo de 50 anos, na perspectiva do Sistema Único de Saúde. Os parâmetros do modelo foram baseados em revisões rápidas da literatura e consultas a especialistas. Os custos relacionados aos testes genéticos foram estimados por microcusteio na perspectiva de um hospital federal. Foram realizadas análises de sensibilidade determinística e probabilística. Resultados: Foi evidenciada uma economia potencial de recursos em saúde, sendo estimado a realização de 17,62 (17,03-18,17) rastreios clínicos nos familiares do grupo intervenção em comparação com 22,23 (22,18-22,28) nos familiares do grupo prática atual, pois com a inclusão do teste genético, cerca de 20% dos familiares foram liberados do rastreio clínico periódico, evitando a realização de aproximadamente 9,23 (10,30-8,22) consultas e 4,62 (5,15-4,11) ecocardiogramas transtorácicos e eletrocardiogramas por familiar testado. Os custos dos testes genéticos de primeira e segunda geração foram estimados em R$ 414,73 e R$1.545,36, respectivamente. A estratégia com teste genético foi considerada dominante, com maior efetividade incremental (0,84 QALY) e uma economia potencial de R$ 613,69 por familiar. Na análise de sensibilidade, as utilidades foram os parâmetros com maior impacto na razão de custo-efetividade incremental. Na análise probabilística, 74% das simulações ficaram no quadrante inferior direito (mais barato e efetivo). Conclusão: O estudo evidencia que o rastreio clínico dos familiares de pacientes com CMPH, quando orientado pelo teste genético, promove uma economia financeira e de recursos, o que pode contribuir para um sistema de saúde mais eficiente. Palavras-Chave: Análise de Custo-Efetividade; Cardiomiopatia Hipertrófica; Doenças Genéticas Inatas; Testes Genéticos; Programas de Triagem Diagnóstica.