Mestrado Profissional em Ciências Cardiovasculares
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Navegando Mestrado Profissional em Ciências Cardiovasculares por Assunto "Acute coronary syndrome"
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- ItemAssociação entre células progenitoras endoleliais, reestenose coronariana e eventos cardiovasculares após angioplastia coronariana percutânea(Instituto Nacional de Cardiologia, 2016) Montenegro, Fernando SantiagoIntrodução: As células progenitoras endoteliais (CPE) são produzidas na medula óssea e mobilizadas para a corrente sanguínea após injúria vascular, tendo um papel fundamental no reparo endotelial. Todavia, sua influência no reparo vascular após intervenção coronariana percutânea (ICP) é controversa, tendo sido descritas associações com o desenvolvimento de reestenose após ICP com implante de stent e a ocorrência de eventos cardiovasculares. Objetivos: Avaliar o número de CPE circulantes antes e após ICP com implante de stent e sua associação com a ocorrência de reestenose coronariana e eventos cardiovasculares adversos após o procedimento. Métodos: Trabalho prospectivo, com acompanhamento de um ano, avaliando pacientes do sexo masculino submetidos a ICP eletiva com implante de stent no Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Realizou-se a coleta de sangue venoso periférico antes e no dia seguinte após o procedimento de angioplastia e a identificação das CPE (CD45-CD34+CD31+CD133/2+CD309+) através de imunofenotipagem por citometria de fluxo. Os desfechos primários analisados foram a necessidade de nova revascularização do vaso previamente abordado, reestenose angiográfica do stent previamente implantado, angina ou equivalente anginoso com cintilografia miocárdica demonstrando isquemia. Os desfechos secundários foram angina ou equivalente anginoso sem cintilografia miocárdica, síndrome coronariana aguda e óbito por qualquer causa. Resultados: O número de CPE circulantes pré-angioplastia coronariana foi maior em pacientes em uso de clopidogrel. O número absoluto de CPE circulantes pós-angioplastia coronariana foi maior em pacientes em uso de beta-bloqueador. Houve redução de CPE pós-angioplastia em pacientes em uso de bloqueadores do receptor de angiotensina. Pacientes com diabetes, idade acima de 60 anos, em uso de clopidogrel ou beta-bloqueador mostraram tendência a redução de CPE pós-angioplastia, e em pacientes com IAM até 90 dias a tendência foi de aumento. Os desfechos primários ocorreram em 8,7% e os secundários em 37,0% dos pacientes. Não houve associação estatisticamente significativa entre CPE e desfechos. Conclusão: Não houve associação entre CPE e a ocorrência de reestenose coronariana e de eventos cardiovasculares adversos após intervenção coronariana percutânea
- ItemAvaliação do bloqueio da atividade plaquetária na síndrome coronariana aguda(Instituto Nacional de Cardiologia, 2017) Dutra, Maximiliano FreireIntrodução: O bloqueio medicamentoso da atividade plaquetária (BAP) é utilizado como tratamento padrão das síndromes coronarianas agudas (SCA), porém não é avaliado rotineiramente, devido a falta de consenso na literatura médica. Objetivo: Descrever o perfil do BAP colhido à admissão dos pacientes internados com diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda (SCA) e avaliar a associação com a ocorrência de desfechos clínicos em até 6 meses, estratificados pelos escores de risco de trombose (GRACE e TIMI) e sangramento (CRUSADE) utilizados na Instituição. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes admitidos no Instituto Nacional de Cardiologia (INC) com diagnóstico de SCA entre o primeiro e o quinto dia do diagnóstico, no período entre outubro de 2015 a julho de 2016 e avaliada a gravidade a partir dos escores de risco. A avaliação do BAP foi realizada por meio do aparelho MULTIPLATE (ROCHE®). Os pacientes foram acompanhados durante seis meses, por meio de consulta medica ou por contato telefônico, questionando-se as seguintes variáveis: relato de angina, piora de classe funcional, reinternação hospitalar, necessidade de reintervenção coronariana (por angioplastia ou cirurgia de revascularização miocárdica), acidente vascular cerebral ou morte. Para a análise estatística foram empregados os testes de Fisher, como forma de verificar possíveis associações das variáveis do desfecho clínico composto e dos escores de risco com o BAP. Resultados: Foram avaliados 52 pacientes, com idade média de 63,8 anos, sendo 61,5% do sexo masculino e 40,4% de diabéticos. Em relação a forma de apresentação da SCA, 40,4% tiveram diagnóstico de SCA por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) com supradesnivelamento do segmento ST (IAM CSST), 28,8% com IAM sem supradesnivelamento do segmento ST (IAM SSST) e 30,8% por Angina Instável (AI). A população foi considerada como de moderado a alto risco (GRACE médio de 115, TIMI médio de 3,7 e CRUSADE médio de 34). Verificou-se resistência aos antiplaquetários em 10 pacientes (19,2%), sendo 4 ao ácido acetil salicílico (AAS), 3 ao Clopidogrel e 3 a ambas medicações. Não houve resistência ao Ticagrelor. Demonstrou-se associação entre o nível adequado de BAP para o ácido acetil salicílico (AAS) – o ASPI teste - e sobrevida em 6 meses (p=0,03). Dos 23 pacientes que apresentaram desfecho clínico em 6 meses, verificou-se associação com as seguintes variáveis: CRUSADE maior que 40 (p=0,0001), presença de disfunção de VE (p=0,03) e diabetes mellitus (DM) (p=0,006), assim como correlação positiva entre presença de diabetes mellitus e os escores TIMI (p=0,001) e CRUSADE (p=0,02). Ocorreram 06 óbitos onde houve associação com ASPI (p=0.03), assim como houve associação entre óbito e função do Ventrículo Esquerdo (VE) (p=0,01). Não se demonstrou associação de óbitos com os escores. Conclusão: Este estudo evidenciou 19,2% de resistência às medicações antiplaquetárias. Houve associação entre o nível de BAP e óbito cardiovascular assim como entre o nível adequado de BAP para o ácido acetil salicílico (AAS) e sobrevida em 6 meses e associação entre a presença de disfunção de VE e sobrevida em 6 meses. Não houve associação entre nível de BAP e os escores de risco.
- ItemO valor da troponina de alta sensibilidade na exclusão de síndrome coronariana aguda na sala de emergência(Instituto Nacional de Cardiologia, 2018) Dutra, Ana Amaral FerreiraIntrodução: A grande procura pelas Unidade de Emergência (UE) por sintomas de síndrome coronariana aguda (SCA) e a falta de uniformidade de estratificação de risco coronariano estimulam a busca de um biomarcador de rápida e segura execução, para se poder liberar os pacientes para o domicílio. Objetivo: Mostrar a utilidade da Troponina de alta sensibilidade (TnT-Hs) na tomada de decisão clínica na liberação precoce de pacientes com suspeita de SCA na UE, avaliar a associação entre a TnT-Hs e a Troponina Convencional (Tc), além de demostrar a acurácia diagnóstica da TnT-Hs para SCA sem supra do segmento ST ( SCA SSST). Metodologia: Foram incluídos pacientes admitidos em uma UE, com suspeita diagnóstica de SCA, no período de março a outubro de 2016. Houve estratificação de risco por meio de rotas institucionais de avaliação de dor torácica, já vigentes nesse setor. Foi acrescentada a realização de exames de TnT-Hs (SIEMENS®) conforme protocolo desenhado para esse estudo. Avaliou-se a associação do resultado negativo da TnT-Hs com a liberação dos pacientes pelo protocolo institucional, a concordância com os valores da Tc, assim como a acurácia diagnóstica para SCA desse biomarcador. Foram também testados protocolos validados na Europa como o sugerido pela Sociedade Européia de Cardiologia e o do BACC Trial na presente população. Para a análise estatística das variáveis categóricas foi feita a associação através de teste de Qui-Quadrado ou Teste Exato de Fisher, e as variáveis numéricas foram comparadas a partir da ANOVA ou Kruskal- Wallis. Resultados: Foram avaliados 208 pacientes consecutivos, com idade média de 62,5 anos, sendo 52,2% do sexo masculino, 56,7% eram hipertensos, 20,1% diabéticos, 25,9% portadores de doença arterial coronariana (DAC), 24,7% dislipidêmicos, 12,5% história familiar positiva para DAC, 9,6% obesos, 6% tabagistas, 7% ex tabagistas, 7,6% já submetidos da revascularização miocárdica cirúrgica e 18,2% submetidos a angioplastia percutânea. A mediana do escore de risco GRACE foi de 96 (73-122) e a mediana do escore TIMI RISK foi de 1 (0-2). A correlação entre as troponinas ( TC e TnT-Hs) foi moderada tanto na rota 2 acelerada ( 2a) quanto na 2 convencional ( 2c) na admissão (0,52 com valor de p=0,000541 e 0,40 com valor de p= 0,000091). A acurácia diagnóstica da TnT-Hs nas rotas 2a e 2c foi testada tanto em 1 hora (T1) como em 3 horas (T3) da admissão, tendo especificidade de 96,8% e sensibilidade de 71,4% para rota 2a no T1, especificidade de 70% e sensibilidade de 80% para rota 2c também no T1. Para a terceira hora, na rota 2a apresentou especificidade de 96,7% com sensibilidade de 71,4% e na rota 2c os valores encontrados foram de 60,9% de especificidade e 86,7% de sensibilidade. Quando aplicados o protocolo sugerido pela ESC e pelo BACC na população do presente estudo, observa-se um número elevado de pacientes ficaram na zona de observação (60% e 82,9%), quanto a internação seriam 14,4% e 11,2%, e em relação a liberação seriam 28,7% e 6% respectivamente. Quando foi aplicado o novo fluxograma proposto, obteve-se um alto percentual de liberação precoce 86,8% e 13,1% foram internados. Conclusão: A utilização da TnT-Hs permite uma liberação precoce dos paciente admitidos na UE quando comparado com o protocolo institucional vigente. Há uma associação de correlação moderada entre a TnT-Hs e a Tc. A TnT-Hs mostrou ter uma acurácia boa diagnóstica especialmente na rota 2a.