Terapia de ressincronização cardíaca em hospital cardiológico de complexidade de quartenária do Sistema Único de Saúde: avaliação de parâmetros clínicos, cirúrgicos e mortalidade
Terapia de ressincronização cardíaca em hospital cardiológico de complexidade de quartenária do Sistema Único de Saúde: avaliação de parâmetros clínicos, cirúrgicos e mortalidade
dc.contributor.author | Erthal, Fabio Lopes | |
dc.date.accessioned | 2022-08-30T13:27:18Z | |
dc.date.available | 2022-08-30T13:27:18Z | |
dc.date.issued | 2018 | |
dc.description.abstract | Introdução: A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) mostrou-se eficaz na redução da morbimortalidade da insuficiência cardíaca (IC) crônica refratária a tratamento medicamentoso e associada a disfunção grave do ventrículo esquerdo (VE). São poucos os estudos que demonstraram a eficácia da TRC no âmbito do sistema único de saúde (SUS). Objetivos: Descrever a taxa de sucesso do implante do ressincronizador via endocárdica, e as características demográficas, clínicas, eletrocardiográficas e ecocardiográficas dos pacientes no Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Avaliar o remodelamento reverso cardíaco, o impacto na classe funcional após TRC. Descrever a taxa de mortalidade intra-operatória, em 30 dias e 1 ano após a TRC, e complicações relacionadas ao procedimento. Metodologia: Entre 2011 e 2016 foram realizados 121 implantes de ressincronizador no INC. Neste estudo, avaliaram-se os prontuários dos pacientes submetidos a TRC em busca de dados demográficos, clínicos, cirúrgicos, eletrocardiográficos e ecocardiográficos, que foram analisados pré procedimento, 6 meses e 12 meses após a TRC. Foram analisadas mortalidade após TRC, complicações, sucesso do implante endocárdico do eletrodo do VE e as respostas clínica, eletrocardiográfica e ecocardiográfica. Resultados: Observou-se predomínio do sexo masculino (56%). A média de idade foi de 58,69 anos. A etiologia preponderante da IC foi idiopática (36,4%), seguida da isquêmica (33,1%), e hipertensiva (9,1%). A maioria dos pacientes estava em classe funcional (CF) III da NYHA (63,7%), seguidos de 32,2% em CF IV e 4,1% em CF II. O ritmo de base foi sinusal em 94,2% dos pacientes e o padrão bloqueio de ramo esquerdo estava presente em 95% dos casos. A duração média do QRS antes da TRC foi de 174,5 ms, com redução estatisticamente significativa para 134,5 ms após a TRC (p < 0,001). A mortalidade em um ano após a TRC foi de 8,3%. A mortalidade no ato cirúrgico foi 0% e nos primeiros 30 dias foi 0,8%. A melhora da CF comparadas pré TRC, com 6 e 12 meses após TRC foi estatisticamente significativa (p < 0,001). Houve melhora estatisticamente significativa na fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), comparadas pré TRC com 6 e 12 meses após TRC (p < 0,001). A FEVE média pré TRC foi de 25,08%, após 6 meses foi de 29,42%, e de 33,61% após 12 meses. O diâmetro diastólico final do VE (DDFVE) teve redução estatisticamente significativa aos 6 meses (p = 0,001) e 12 meses após TRC (p < 0,001). O DDFVE médio antes da TRC foi de 72,1 mm, aos 6 meses de 68,8 mm, e aos 12 meses de 66,7 mm. O sucesso do implante por via endocárdica foi de 95,9%. Ocorreram complicações em 11,6% dos pacientes, sendo 5,0% desposicionamentos de eletrodos, 2,5% hematomas, 2,5% dissecções do seio coronariano, e 1,6% de infecção/extrusão de loja. Conclusão: A TRC mostrou-se uma terapia eficaz na melhoria da CF e promoveu remodelamento reverso cardíaco, aos 6 e 12 meses após intervenção no INC. No presente estudo, a TRC mostrou-se segura, com elevada taxa de sucesso no implante de eletrodo endocárdico, baixos índices de complicações, e com baixa mortalidade nos primeiros 30 dias e em 1 ano após TRC | pt |
dc.description.abstract | Introduction: Cardiac resynchronization therapy (CRT) has been shown to be effective in reducing the morbidity and mortality of chronic heart failure (HF) refractory to drug treatment and associated with severe left ventricular (LV) dysfunction. Few studies have demonstrated the efficacy of CRT under the single health system (SUS). Objectives: To describe the success rate of endocardial resynchronizer implantation, and the demographic, clinical, electrocardiographic and echocardiographic characteristics of patients at the National Institute of Cardiology (INC). Evaluate cardiac reverse remodeling, impact on functional class after CRT. Describe the intraoperative mortality rate at 30 days and 1 year after CRT and complications related to the procedure. Methodology: Between 2011 and 2016, 121 resynchronizer implants were performed in the INC. In this study, the medical records of patients submitted to CRT were evaluated for demographic, clinical, surgical, electrocardiographic and echocardiographic data, which were analyzed pre-procedure, 6 months and 12 months after CRT. Mortality after CRT, complications, success of the endocardial implant of the LV electrode and clinical, electrocardiographic and echocardiographic responses were analyzed. Results: Male predominance (56%) was observed. The mean age was 58.69 years. The preponderant aetiology of HF was idiopathic (36.4%), followed by ischemic (33.1%) and hypertensive (9.1%). The majority of the patients were in NYHA functional class (CF) III (63.7%), followed by 32.2% in CF IV and 4.1% in CF II. The basal rhythm was sinusal in 94.2% of the patients and the left bundle branch block pattern was present in 95% of the cases. The mean duration of QRS before CRT was 174.5 ms, with a statistically significant reduction to 134.5 ms after CRT (p <0.001). Mortality at one year after CRT was 8.3%. Mortality in the surgical procedure was 0% and in the first 30 days it was 0.8%. The improvement of CF compared to pre CRT at 6 and 12 months after CRT was statistically significant (p <0.001). There was a statistically significant improvement in left ventricular ejection fraction (LVEF), compared with pre CRT at 6 and 12 months after CRT (p <0.001). The mean pre-CRT LVEF was 25.08%, after 6 months it was 29.42%, and 33.61% after 12 months. The final LV diastolic diameter (LVEDD) had a statistically significant reduction at 6 months (p = 0.001) and 12 months after CRT (p <0.001). The mean HRDD before CRT was 72.1 mm, at 6 months, 68.8 mm, and at 12 months 66.7 mm. The success of the endocardial implant was 95.9%. Complications occurred in 11.6% of the patients, being 5.0% electrodepositions, 2.5% hematomas, 2.5% coronary sinus dissections, and 1.6% of pocket infection / extrusion. Conclusion: CRT proved to be an effective therapy in the improvement of CF and promoted cardiac reversal remodeling at 6 and 12 months after INC intervention. In the present study, CRT was safe, with a high success rate in endocardial electrode implantation, low complication rates, and low mortality in the first 30 days and 1 year after CRT. | en |
dc.identifier.citation | Erthal FL. Terapia de ressincronização cardíaca em hospital cardiológico de complexidade de quartenária do Sistema Único de Saúde: avaliação de parâmetros clínicos, cirúrgicos e mortalidade. Rio de Janeiro. Dissertação [Mestrado Profissional em Ciências Cardiovasculares] - Instituto Nacional de Cardiologia; 2018. | |
dc.identifier.uri | https://dspace.inc.saude.gov.br/handle/123456789/155 | |
dc.language.iso | pt | |
dc.publisher | Instituto Nacional de Cardiologia | |
dc.subject | Terapia de ressincronização cardíaca | pt |
dc.subject | Insuficiência cardíaca crônica | pt |
dc.subject | Remodelamento reverso cardíaco | pt |
dc.subject | Marcapasso | pt |
dc.subject | Classe funcional | pt |
dc.subject | Cardiac resynchronization therapy | en |
dc.subject | Chronic heart failure | en |
dc.subject | Cardiac reverse remodeling | en |
dc.subject | Pacemaker | en |
dc.subject | Functional class | en |
dc.title | Terapia de ressincronização cardíaca em hospital cardiológico de complexidade de quartenária do Sistema Único de Saúde: avaliação de parâmetros clínicos, cirúrgicos e mortalidade | |
dc.type | Dissertação | pt |