Valor prognóstico da vasorreatividade pulmonar nos candidatos ao transplante cardíaco

dc.contributor.authorPereira, Carlos Cleverson Lopes
dc.date.accessioned2022-08-10T14:20:49Z
dc.date.available2022-08-10T14:20:49Z
dc.date.issued2021-12
dc.description.abstractIntrodução: A ocorrência de Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) em pacientes com falência cardíaca crônica está comumente associada com piora da classe funcional e do prognóstico. Neste cenário o principal mecanismo atribuído à HAP é a congestão vascular pulmonar secundária ao aumento da pressão venosa resultante de pressão de enchimento elevada do ventrículo esquerdo, referida como “hipertensão pós-capilar”. Com a evolução crônica da doença há a promoção da vasoconstricção arterial e o remodelamento associado com aumento da resistência vascular pulmonar (RVP), em parte, devido ao desequilíbrio entre a disponibilidade reduzida de óxido nítrico (NO) e uma aumentada expressão de endotelina. Neste estágio, a reversibilidade da HAP é incerta mesmo se a hemodinâmica do ventrículo esquerdo seja restabelecida. Assim, a avaliação da circulação pulmonar e da função do ventrículo direito é fundamental na seleção de candidatos como potencial receptor do enxerto cardíaco sendo o teste de vasorreatividade pulmonar essencial no processo de qualificação do candidato ao transplante. Objetivos: Avaliar o valor prognóstico do teste de vasorreatividade pulmonar nos pacientes encaminhados para a avaliação de HAP correlacionando o grau de comprometimento da vasculatura pulmonar com desfecho de sobrevida em 1 ano e correlacionando características clínicas, funcionais e hemodinâmicas nos pacientes estudados. Método: Foram avaliados retrospectivamente em um único centro de transplantes 153 pacientes selecionados para o teste de vasorreatividade aguda com fármacos através da introdução do cateter de artéria pulmonar por punção venosa profunda. Pacientes com boa resposta sem uso de fármacos foram classificados no Grupo A; pacientes com boa resposta, mas com necessidade de fármacos para redução da RVP foram classificados no Grupo B e, pacientes sem resposta na redução da RVP com uso de fármacos foram classificados no Grupo C. Foram registradas a sobrevida em 1 ano de acordo com o grau de resistência vascular pulmonar e a frequência de complicações inerentes ao procedimento como acidentes de punção, arritmias e eventos graves. Resultados: Entre o período de 27 de maio de 2004 e 11 de junho de 2019, 153 pacientes foram submetidos ao teste de vasorreatividade pulmonar agudo. A mortalidade geral em 1 ano por todas as causas foi de 35,9% (55 pacientes). Nos pacientes que foram submetidos ao transplante cardíaco (n = 74 pacientes) a mortalidade em 1 ano foi de 20,3% (15 pacientes). Nos pacientes que não foram submetidos ao transplante cardíaco (n = 79 pacientes) a mortalidade foi de 50,6% (40 pacientes). Neste grupo, não houve diferença na sobrevida baseada na estimativa da curva de Kaplan-Meier para os grupos A, B e C (Log-rank p 0,383). Conclusões: O teste de vasorreatividade continua sendo o padrão-ouro na seleção de candidatos ao transplante cardíaco na avaliação da resistência vascular pulmonar. Não se observou no subgrupo de pacientes transplantados presença de disfunção aguda e refratária de ventrículo direito (VD). Porém, nos pacientes que não foram submetidos ao transplante, o grau de resposta da RVP ao Teste de vasorreatividade pulmonar (TVRP) não se correlacionou com o desfecho melhor na sobrevida entre os grupos A, B e C demonstrando elevada mortalidade nestes subgrupos. Palavras-chave: hipertensão arterial pulmonar, transplante cardíaco, transplante de coração, vasorreatividade.pt
dc.description.abstractIntroduction: The occurrence of Pulmonary Arterial Hypertension (PAH) in patients with chronic heart failure is commonly associated with worsening of functional class and with the prognosis. In this scenario, the main mechanism attributed to PAH is pulmonary vascular congestion secondary to the increase in venous pressure as a result from the high left ventricular filling pressure, referred to as “postcapillary hypertension”. The chronic evolution of the disease leads to an arterial vasoconstriction and remodeling, which is associated with an increase in pulmonary vascular resistance (PVR), in part, due to the imbalance between the reduced availability of nitric oxide (NO) and an increased expression of endothelin. At this stage, the reversibility of PAH is uncertain even if left ventricular hemodynamics is reestablished. Therefore, the assessment of pulmonary circulation and right ventricular function is essential in the selection of candidates as potential heart graft recipients and the pulmonary vasoreactivity test is essential in the qualification process of the transplant candidate. Objectives: Assess the prognostic value of the pulmonary vasoreactivity test in patients referred to PAH evaluation by correlating the degree of pulmonary vasculature impairment with the 1-year survival outcome and correlating clinical, functional, and hemodynamic characteristics in the patients studied. Methods: It was retrospectively evaluated 153 patients selected in a single transplant center for acute drug vasoreactivity testing through pulmonary artery catheter inserted by deep venous puncture. Patients with good response without the use of drugs were classified in Group A; patients with good response, but in need of drugs to reduce PVR were classified in Group B, and patients without response in PVR reduction with the use of drugs were classified in Group C. Survival at 1 year was recorded according to the degree of pulmonary vascular resistance and the frequency of complications inherent to the procedure, such as puncture accidents, arrhythmias and serious events. Results: Between May 27, 2004 and June 11, 2019, 153 patients underwent acute pulmonary vasoreactivity testing. Overall, 1-year mortality from all causes was 35.9% (55 patients). In patients who underwent heart transplantation (n = 74 patients), 1-year mortality was 20.3% (15 patients). In patients who did not undergo heart transplantation (n = 79 patients), mortality was 50.6% (40 patients). In this group, there was no difference in survival based on the Kaplan-Meier curve estimate for groups A, B, and C (Log-rank p 0.383). Conclusions: The vasoreactivity test remains the gold standard in the selection of candidates for heart transplantation in the assessment of pulmonary vascular resistance. In patients who did not undergo transplantation, the degree of response of PVR to pulmonary vasoreactivity test did not correlate with the better outcome in 1-year survival in this group, demonstrating high mortality rate. Keywords: Pulmonary Arterial Hypertension; Heart Transplantation; vasoreactivity.en
dc.identifier.citationPereira CCL. Valor prognóstico da vasorreatividade pulmonar nos candidatos ao transplante cardíaco. Dissertação [Mestrado Profissional em Ciências Cardiovasculares]. Instituto Nacional de Cardiologia; 2021.
dc.identifier.urihttps://dspace.inc.saude.gov.br/handle/123456789/77
dc.language.isopt
dc.publisherInstituto Nacional de Cardiologia
dc.subjectHipertensão arterial pulmonarpt
dc.subjectTransplante cardíacopt
dc.subjectTransplante de coraçãopt
dc.subjectVasorreatividadept
dc.subjectPulmonary Arterial Hypertensionen
dc.subjectHeart Transplantation; vasoreactivityen
dc.subjectHeart Transplantationen
dc.subjectVasoreactivityen
dc.titleValor prognóstico da vasorreatividade pulmonar nos candidatos ao transplante cardíacopt
dc.typeDissertaçãopt
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