O caso do eculizumabe: judicialização e compras pelo Ministério da Saúde
O caso do eculizumabe: judicialização e compras pelo Ministério da Saúde
dc.contributor.author | Caetano, Rosângela | |
dc.contributor.author | Rodrigues, Paulo Henrique Almeida | |
dc.contributor.author | Corrêa, Marilena C Villela | |
dc.contributor.author | Villardi, Pedro | |
dc.contributor.author | Osorio-de-Castro, Claudia Garcia Serpa | |
dc.date.accessioned | 2024-12-03T18:09:51Z | |
dc.date.available | 2024-12-03T18:09:51Z | |
dc.date.issued | 2020 | |
dc.description.abstract | OBJETIVOS: O estudo examinou as aquisições de eculizumabe, um anticorpo monoclonal de alto custo utilizado no tratamento de doenças raras, pelos órgãos federais brasileiros, em termos das quantidades compradas, gastos e preços. MÉTODOS: Foram analisadas compras de eculizumabe realizadas entre março de 2007 e dezembro de 2018, por meio de dados secundários extraídos do sistema de compras do governo federal (Siasg). Foram examinados o número de compras, quantidades adquiridas, número de doses diárias definidas por 1.000 habitantes por ano, gastos anuais e preços praticados. Os preços foram corrigidos pelo índice nacional de preços ao consumidor amplo para dezembro de 2018. Regressão linear foi utilizada para análises de tendência. RESULTADOS: Todas as aquisições por órgãos federais foram realizadas pelo Ministério da Saúde. As compras se iniciaram em 2009, sendo efetuadas por dispensa de licitação e para atendimento de demanda judicial. Houve tendência crescente no número de compras e quantidades adquiridas ao longo do tempo. Foram realizadas 283 compras, totalizando 116.792 unidades adquiridas, 28,2% compradas em 2018. Os gastos totais contratados corrigidos somaram mais de R$ 2,44 bilhões. Após a aprovação do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o preço médio ponderado caiu aproximadamente 35%, para valores abaixo dos preços estabelecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. CONCLUSÃO: O eculizumabe representou gastos extremamente significativos para o Ministério da Saúde no período. Todas as compras foram feitas para atendimento de demandas judiciais, fora do ambiente competitivo. Seu registro promoveu queda importante nos preços praticados. O estudo aponta a relevância do registro sanitário e da necessidade de monitoramento e auditoria permanentes das compras de medicamentos para atendimento de demandas judiciais. | |
dc.identifier.citation | Caetano, R., Rodrigues, P. H. A., Corrêa, M. C. V., Villardi, P., & Osorio-de-Castro, C. G. S. (2020). O caso do eculizumabe: judicialização e compras pelo Ministério da Saúde. Revista De Saúde Pública, 54, 22. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054001693. | |
dc.identifier.other | DOI: 10.11606/s1518-8787.2020054001693 | |
dc.identifier.uri | https://dspace.inc.saude.gov.br/handle/123456789/644 | |
dc.language.iso | pt | |
dc.publisher | Revista de Saúde Pública | |
dc.subject | Hemoglobinúria Paroxística | pt |
dc.subject | tratamento farmacológico | pt |
dc.subject | Custos de Medicamentos | pt |
dc.subject | Produção de Droga sem Interesse Comercial | pt |
dc.subject | legislação & jurisprudência | pt |
dc.subject | Judicialização da Saúde | pt |
dc.subject | Gastos Públicos com Saúde | pt |
dc.subject | Política Nacional de Medicamentos | pt |
dc.title | O caso do eculizumabe: judicialização e compras pelo Ministério da Saúde | |
dc.type | Article |