COORDENAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA
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Navegando COORDENAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA por Assunto "acesso arterial radial"
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- ItemImpacto na via de acesso arterial na abordagem das oclusões totais crônicas coronarianas: uma análise do latam-cto (registro de oclusões totais crônicas na Amérca Latina)(Instituto Nacional de Cardiologia, 2024) Côrtes, Leandro AssumpçãoIntrodução: As intervenções coronárias percutâneas (ICPs) se tornaram a modalidade mais frequente de revascularização miocárdica, porém as oclusões totais crônicas (OTCs) ainda são um desafio, devido â sua maior complexidade. Nas últimas duas décadas uma série de estratégias e de materiais dedicados à ICP de OTCs foram desenvolvidos aumentando a taxa de sucesso na abordagem dessas lesões. A escolha da via de acesso arterial é fundamental nas ICPs, sabendo-se que de um modo geral o acesso radial (AR) está associado a menores taxas de sangramento e até de mortalidade, comparados ao acesso femoral (AF). Porém a utilização do AR nas ICPs de OTCs ainda é controversa e há poucos dados sobre seu uso principalmente na América Latina. Objetivo: Comparar os resultados intra-hospitalares do AR nas ICPs de OTCs com os do AF a partir dos dados de um grande registro internacional multicêntrico da América Latina de OTCs, o LATAM CTO Registry Métodos: No período de janeiro de 2018 a abril de 2022 foram avaliados, retrospectivamente, os resultados intra-hospitalares das ICPs de OTCs realizadas por AR exclusivo, em comparação com o AF, observando-se as diferenças entre os dois grupos quanto às variáveis clínicas, angiográficas, variáveis do procedimento, complicações e desfechos clínicos. Os preditores de insucesso do procedimento foram avaliados através de análise por regressão logística multivariada. Resultados: No período avaliado foram realizados um total de 3136 ICPs em OTCs, sendo o AR exclusivo utilizado em 31,2% das ICPs. No grupo do AR as OTCs eram menos complexas, conforme estratificação pelo escore Japanese-CTO, com menor uso das técnicas de dissecção e reentrada e da técnica retrógrada. Após os ajustes através de regressão logística multivariada não se observaram diferenças na taxa de sucesso do procedimento entre os grupos do AR e do AF (OR: 0,818, 95% IC: 0,587 – 1,139; p = 0,234), assim como eventos cardíacos adversos maiores similares nos dois grupos, porém com um menor número de sangramentos menores no grupo do AR (0,6% x 2,0%, p = 0,018). Os principais preditores para o insucesso do procedimento foram a complexidade da lesão (capa proximal romba, extensão da lesão e calcificações) e o uso da técnica retrógrada. Conclusão: O AR exclusivo para a ICP de OTCs foi utilizado em aproximadamente um terço dos casos, sendo o seu uso eficaz e seguro com uma taxa de sucesso do procedimento e de eventos cardíacos maiores, no seguimento intra-hospitalar, comparáveis as do AF. Foi observado um menor número de sangramentos menores no grupo AR. Palavras-chave: angioplastia coronária transluminal percutânea, oclusão coronária total crônica, acesso arterial radial.