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Navegando Produção Discente por Assunto "Ablação cirúrgica"
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- ItemEficácia da ablação cirúrgica da fibrilação atrial na cardiopatia reumática - revisão sistemática(Instituto Nacional de Cardiologia, 2020) Penha, Bruno Francisco de AlmeidaIntrodução: A febre reumática é a principal causa de disfunção valvar em jovens de países subdesenvolvidos e associa-se à fibrilação atrial, que pode tanto piorar os sintomas, quanto o prognóstico dessa cardiopatia. A ablação cirúrgica é uma opção terapêutica para a fibrilação atrial, porém sua eficácia não é bem estabelecida na população reumática. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a segurança e eficácia, a curto e longo prazo, da ablação cirúrgica da fibrilação atrial na população reumática. Além disso, analisar as taxas de mortalidade e de acidente vascular cerebral até um ano do procedimento. Desenho: Revisão sistemática e metanálise. Métodos: Realizou-se busca sistemática e ampla em nove bancos de dados, em agosto de 2019, identificando ensaios clínicos randomizados e estudos de coorte que compararam a eficácia da ablação cirúrgica da fibrilação atrial e a cirurgia valvar mitral isolada nos pacientes reumáticos. Dados foram coletados e analisados de acordo com desfechos clínicos pré-estabelecidos. Resultados: Sete artigos foram incluídos, sendo cinco ensaios clínicos randomizados e dois estudos de coorte, totalizando 2011 pacientes. Observou-se redução da incidência de fibrilação atrial em até 12 meses após ablação cirúrgica (RR 0,29, IC 95% [0,14-0,61], I² = 91%, p= 0,001), com elevada qualidade de evidência. Não houve diferença significativa nos desfechos de segurança até 30 dias como mortalidade e reabordagem cirúrgica por sangramento ou tamponamento, porém parece ter aumentado a necessidade de implante de marca-passo definitivo (RR 2,2 IC [1,13-4,27], I²=0%, p= 0,02), com baixa qualidade de evidência. Além disso, reduziu-se a mortalidade geral em 12 meses (RR 0,40, IC 95% [0,31-0,51], I²= 32%, p< 0,00001), a incidência de acidente vascular cerebral em 12 meses (RR 0,51, IC 95% [0,33-0,79], I² = 26%, p=0,002) e a incidência de fibrilação atrial após um ano (RR 0,41, IC 95% [0,36-0,47], I²= 41%, p< 0,00001), com baixa, moderada e muito baixa qualidade de evidência, respectivamente. Conclusão: A ablação cirúrgica da fibrilação atrial parece reduzir a incidência de arritmia até um ano do procedimento, com possibilidade de aumentar a necessidade de implante de marca-passo definitivo. No entanto, não há evidências fortes de redução da mortalidade geral, de acidente vascular cerebral ou que a eficácia da ablação seja duradoura. Novos estudos são necessários para melhor estabelecer os resultados de eficácia, principalmente a longo prazo na população reumática.
- ItemPesquisa Multidisciplinar em Avaliação de Tecnologias em Saúde(Instituto Nacional de Cardiologia, 2020) Instituto Nacional de Cardiologia